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MPRJ volta a denunciar o vereador Dr. Gilberto
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Subprocuradoria-Geral de Justiça de Assuntos Criminais e de Direitos Humanos, denunciou o vereador Gilberto de Oliveira Lima, conhecido como “Dr. Gilberto”, por contratar funcionários fantasmas para a Câmara Municipal do Rio de Janeiro. A denúncia foi baseada em investigação do Grupo de Atribuição Originária Criminal da Procuradoria-Geral de Justiça (GAOCRIM/MPRJ).
O vereador “Dr. Gilberto”, é acusado de causar R$ 110 mil de prejuízo aos cofres públicos ao nomear Sandra Aparecida Freire da Silva para supostamente exercer cargo comissionado em seu gabinete. Segundo as investigações, ela jamais trabalhou na Câmara e dava aulas de artesanato em sua residência para pessoas encaminhadas a ela pela associação de moradores da Praça Granito, em Anchieta. A associação é presidida por Jailson Freire da Silva, também denunciado, que atuaria como cabo eleitoral para o vereador. Segundo o MPRJ, parte do salário de Sandra era entregue a Jailson e servia para o pagamento de despesas da associação de moradores.
O vereador também é acusado, na mesma ação, pela nomeação de Ana Luzia da Silva Pereira para cargo comissionado em seu gabinete. De acordo com a denúncia, Ana Luzia nunca trabalhou na Câmara e é mulher do também denunciado Ernani Silva Pereira, cabo eleitoral de “Dr. Gilberto”. As investigações apontam que o dinheiro depositado mensalmente a Ana Luzia era integralmente sacado por Ernani, que ficava em poder do cartão bancário. Foram calculados R$ 32,6 mil de desvios ao erário público. De acordo com a denúncia, o valor era uma forma de remunerá-lo pelos serviços particulares de cabo eleitoral, prestados em favor do grupo político do vereador no bairro de Paciência.
Os denunciados vão responder pelo crime de peculato e deverão ser obrigados a devolver a quantia de, pelo menos, R$ 143.507,76 referente aos desvios. O MPRJ também requereu à Justiça o sequestro de bens e o bloqueio de contas do vereador “Dr. Gilberto”. Ele está preso e responde a outra ação penal proposta pelo Ministério Público fluminense por comandar organização criminosa que atuava no Instituto Médico Legal (IML) de Campo Grande. O esquema ficou conhecido como “máfia dos papa-defuntos”.